30/07/2012

Autocompaixão


Refletir sobre nossas dificuldades pessoais nos auxiliam em nossa
ascensão espiritual bem como nos ajudam a avaliar atitudes afim de evitá-las no futuro ou a corrigi-las o quanto antes.

Quando, porém, o individuo elege a posição de vítima da vida, assumindo a condição de autopiedade, encontra-se a um passo de perturbações emocionais. A mente pode tornar-se um cárcere sombrio ou ter asas de liberdade conforme a influência de nossos pensamentos e emoções.

O cultivo da autocompaixão, mediante reclamações em torno de acontecimentos da vida, demonstrando insatisfação pode converter-se
em uma alegria ilusória, realizando um mecanismo de valorização pessoal,
cujo desvio comportamental plenifica o ego.

Todo aquele que se faculta da autocompaixão neurótica é portador de insegurança, de complexo de inferioridade, que disfarça, recorrendo, inconscientemente, às transferências de piedade por si mesmo,
sem qualquer respeito pelas demais pessoas.

Desenvolve os sentimentos de indiferença pelos problemas dos outros, fechando se no seu circulo vicioso e masoquista.
No seu atormentado ponto de vista, somente a sua situação é dolorosa,
digna de apoio e solidariedade. E quando as expressões de Socorro
lhe são dirigidas, recusa-as a fim de permanecer na postura
de infelicidade que o torna feliz.
Aquele que se entrega a autocompaixão, nunca se satisfaz com o que tem,
com o que é, com os valores de que dispõe.
Não raro, encontra-se bem mais privilegiado do que a maioria
das pessoas no seu grupo social; no entanto,
reclama e convence-se da desdita que imagina,
encarcerando-se no sofrimento e exteriorizando mal-estar a volta
com que contamina as pessoas que o cercam.
Os grandes vitoriosos do mundo lutaram com tenacidade para romper
os problemas, as enfermidades, os desafios.
Não nasceram fortes; tornaram-se vigorosos no fragor
das batalhas travadas. Não se detiveram na lamentação,
porque investiram na ação o tempo disponível.
Bethoven continuou compondo, e com mais beleza, após a sua surdez.
Chopin, tuberculoso, deu seguimento às músicas ricas de ternura,
entre crises de hemoptises. Mozart, na miséria, traduziu para os ouvidos humanos as belas melodias que lhe vibravam na alma…
Epícteto, escravo e doente, filosofava estóico.
Deostenes, gago, recorreu a seixos na praia, colocando os sobre a língua,
para corrigir a dicção. Steinmetz aleijado, contribuiu para o
engrandecimento da química….
Franklin Rooseelt, vitimado pela poliomielite tornou-se Presidente
dos EUA e colaborou grandemente para a paz mundial durante a 2º Guerra. Hellen Keller, cega, surda e muda, comoveu o mundo com a sua coragem, cultura e amor a Deus, ao próximo, à vida e a si própria.
A galeria é expressiva e iluminada.
Quando se mantem a autocompaixao, extermina-se o amor,
não se amando, nem tampouco a ninguém. Quem de si se compadece,
recusa-se crescer e não luta, estagiando na amargura
com a qual se compraz.
Não sejamos vitimas de nós mesmos nos entregando a autocompaixão. Devemos aprofundar meditações em torno de nossas aflições e
problemas a fim superá-las, rechaçando a autocompaixão
sem consideração para que a saúde mental, harmonia interior
e a vitória seja uma constante em nossas vidas.
Joanna de Angelis

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