Ela quer carregar o mundo.
Nos braços, nas costas,
no bolso, no coração.
Não importa o peso, ela aceita o desafio.
Tem pressa, tem
sede, mil idéias e ideais.
Faz planos, mas, impulsiva, fica na expectativa do
"grand finale" e se atrapalha.
Ainda assim, ela continua. Tropeça, aprende e
recomeça.
Ela quer conhecimento, horizontes e motivos pra sorrir.
Mais dias no
calendário, mais noites e madrugadas e mais de vinte e quatro horas, só pra
variar. Arruma e desarruma armários, a vida, o pensamento.
Rabisca e guarda
papéis, paga contas, revê fotos, amigos e filmes preferidos.
Ouve e sente boa
música, aumenta com prazer o som e quando é injustiçada, ela desaba e perde o
tom.
Se mostra mulher, se vê menina e quer pintar o quarto de lilás.
Ela já teve
mais pique, mas mesmo cansada persiste.
Aposta no que há de vir e não desiste da
correria.
Reclama do presidente, tem preguiça aos domingos, pinta as unhas de
vermelho, aprende um novo idioma, malha, batalha, beija e morde o namorado,
compra e lê um velho livro, sonha e busca um novo rumo, abraça poucos, briga com
meio mundo e escreve sobre o amor.
Yohana SanFer
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