"...
Mas equilibro-me como posso, entre mim e eu, entre mim e os homens, entre mim e
o
"Tenho de ter paciência para não me perder dentro de mim,
vivo me perdendo de vista. Preciso de paciência porque sou vários caminhos,
inclusive o fatal beco sem saída [...] O medo sempre me guiou para o que eu
quero. E porque eu quero, temo. Muitas vezes foi o medo que me tomou pela mão e
me levou. O medo me leva ao perigo. E tudo o que eu amo é arriscado. Não é que
vivo em eterna mutação, com novas adaptações a meu renovado viver e nunca chego
ao fim de cada um dos modos de existir. [...] Mas equilibro-me como posso, entre
mim e eu, entre mim e os homens, entre mim e o Deus. Suponho que me entender não
é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato... Ou toca,
ou não toca..."
Clarice Lispector
"...
Mas equilibro-me como posso, entre mim e eu, entre mim e os homens, entre mim e
o DEUS."
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