Caio Fernando Abreu
01/05/2012
Ao teu lado . . .
Para tranquilizá-lo, sentei ao seu lado. Tremíamos. Pensei em colocar a cabeça dele no meu colo, tomar suas mãos, cantar, fazer carinhos. Mas só consegui ficar muito próxima. De alguma forma, eu queria dizer que tudo aquilo importava pouco. Se soubéssesmos controlar a nós mesmos, ao nosso terror, e poupar o gasto exagerado de tudo que tínhamos armazenado, nada aconteceria. Amanhã, depois, dentro de uma semana, um mês, os cães morreriam e poderíamos novamente abrir a casa, sair para o sol."
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário